quarta-feira, 10 de junho de 2015

modelo crucificada

Modelo que desfilou crucificada na parada do orgulho LGBT vira tema de discussão na internet


Os ícones religiosos presentes na 19ª Parada do Orgulho LGBT estenderam a discussão sobre tolerância e religião para além do dia do evento. A manifestação foi simbolizada principalmente pela modelo transexual Viviany Beleboni, que desfilou crucificada em cima de um trio elétrico no último domingo. "Representei todas as mortes e agressões que vêm acontecendo contra a classe LGBT", justifica Viviany por meio de redes sociais. A modelo acredita ser esta a realidade vivida pela comunidade no país.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) criticou o ato, que classificou como "cristofobia", nas redes sociais. Já o diretor da Associação Brasileira de LGBTs no Centro Oeste, Evaldo Amorim, defendeu Viviany: "Infelizmente, não foi bem entendido". "Assim como Jesus foi crucificado e apedrejado, nós, LGBT, também somos por movimentos fundamentalistas religiosos que contaminaram o Congresso e assembleias legislativas", explica.

Amorim acrescenta que o intuito foi provocar o debate e alertar sobre a violência que atinge pessoas homo, bi ou transexuais, além de travestis. Viviany relata em texto no Facebook que recebeu ameaças de morte após o desfile. O Brasil é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e transexuais. As informações são da ONG Transgender Europe. O jogador de futebol Léo Moura, atualmente do Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos, também criticou o ato. "Quem fez isso trate de pedir perdão a Jesus...", escreveu o ex-atleta rubro-negro.

Ana Luisa N2

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