A cheia do rio Solimões no Norte do país deixa 23 municípios do Amazonas em estado de emergência. O nível do rio está subindo muito por causa da chuva acima da média na região da nascente, que fica no Peru.
Manacapuru, a 70 quilômetros da capital, é outra cidade que vive situação de emergência. A subida das águas do Solimões afeta dez mil moradores. Oito quilômetros de passarelas de madeira foram construídos.
O rio subiu tão rápido que o mecânico Francisco Bezerra não conseguiu retirar a tempo todos os equipamentos da oficina. "Agora eu não sei de que eu vou viver. Porque do que a gente vive é disso aí".
A Defesa Civil acompanha diariamente o avanço das águas e a cada medição uma realidade se confirma.
“Nos últimos anos, a cheia tem sido muito maior do que nos anos anteriores, e isso complica ainda mais", fala a coordenadora de Defesa Civil, Daniel Guedes.
Lugares que antes não alagavam, este ano já estão com água. O rio Solimões nasce no Peru, entra no Brasil passando por tabatinga e segue até Manaus, onde se encontra com o rio Negro.
A cheia do Solimões não atinge apenas os municípios mais afastados da capital. Ela também afeta o nível do rio Negro em Manaus. Isso ocorre por conta de um fenômeno muito conhecido na região. O encontro das águas.
As águas barrentas do Solimões não se misturam com as águas do rio Negro e formam uma espécie de barreira natural.
"O Solimões acaba represando o rio Negro no encontro das águas e provoca a elevação do nível das águas em Manaus", Marco Antônio Oliveira, supervisor do Serviço Geológico do Brasil.
Alguns bairros em Manaus já estão alagados e a preocupação é que a situação se complique ainda mais porque o período de chuva no Amazonas só termina no fim de junho.
Postado por Victor Maimone
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