O programa recente da Globonews 'Que mundo é esse?', visa mostrar realidades polêmicas e controversas existentes na atualidade. Para gravar a atração, André Fran, Felipe UFO e Michel Coeli entraram em expedição jornalística com o objetivo de retratar a história dos curdos, o maior povo do mundo sem uma nação oficial.
Trio do 'Não Conta Lá em Casa' comanda nova produção da Globonews (Imagem: Divulgação).
Ao longo de 15 dias de viagem, os brasileiros investigaram a busca por direitos, reconhecimento e independência de mais de 30 milhões de pessoas, que vivem distribuídas entre os territórios da Armênia, Siria, Turquia, Irã e Iraque. A série de reportagens, que será exibida em quatro programas semanais, na faixa das 23h, durante as férias do ‘Manhattan Connection’.
A jornada começou na Turquia, que concentra a maior população curda e onde a equipe presenciou um momento histórico. “Nós tivemos que sair da visão de agência internacional e nos misturar com o povo. Nos deparamos com o momento em que a minoria curda elegeu representantes para o parlamento turco, conquistando alguma representatividade política. Isso foi comemorado nas ruas como uma final de Copa do Mundo”, relata UFO, que falou sobre o momento em evento de lançamento da atração.
Produzida pela Base#1, responsável pelo premiado ‘Não Conta Lá em Casa’, exibido no Multishow, a atração cruzou fronteiras, passou por campos de refugiados e chegou à linha de frente da luta do exército curdo contra o Estado Islâmico. "Nós chegamos a ser orientados a não permanecer no mesmo lugar por mais de 10 segundos para não sermos atingidos por atiradores de elite", contou Fran.
No ponto de vista de Coeli, o fato de viajarem com a equipe reduzida facilitou a produção das reportagens. “Uma das coisas que favoreceu a finalização do programa tão rápido foi a questão de termos optado com time pequeno, com poucos equipamentos. Além da câmera, usamos "gopro" e até celular”. Para Fran, a estratégia os aproxima dos telespectadores. “Nós gostamos de deixar transparecer que estamos entrando em contato direto com as pautas, mantendo pegada dinâmica e jovem, sem perder nossa característica de questionadores”.
Pedro Bial, que mediou o papo com o trio, lembrou de quando esteve na região, em 1991, época em que atuava como correspondente internacional. “As pessoas nos olhavam como se dissessem “Calma, vai ter uma história para todo mundo”. Elas sabiam que teriam crianças suficientes para agonizar diante das câmeras dos repórteres. Naquele momento, a situação chocou a todos, mas depois foi esquecida, como é natural no meio jornalístico. Esse projeto é importante para resgatar memórias”.
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Andressa n°3 EM3